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MACHACA

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O PRESERVATIVO

25.06.15 | Machaca

preservativo

GRUPO DE PESQUISADORES

  • José Damião Machaca
  • Afua Dorca Xahid
  • Carla Gabriel Matimbe
  • Manuel David Lumbela
  • Cristina Tomás Langa
  • Drofina Isaura Ricardo Xavier
  • Manuel Constâncio Cumba

 

Fala-se hoje no país, igualmente no resto do mundo acerca do vírus causador do SIDA que põe em risco vida de muitos homens e mulheres de diversas faixas etárias e que, não tem cura. Por outro lado, muitos países lutam em ter pirâmides etárias que tende a dar um equilíbrio entre a população de todas as idades.

Muitos povos têm-se multiplicado de forma descontrolada por não possuir conhecimentos de como planear a sua família, apesar de que outros se multiplicam por seguir as crenças culturais e, outros alegando que a multiplicação dos seres humanos significa respeitar a lei da natureza porém, foram criadas condições e técnicas para poder se controlar a natalidade dos quais, um dele, com a descoberta do SIDA tornou-se eficaz para o planeamento familiar assim como para a prevenção de ITSs, o preservativo.

O presente trabalho tem por tema Preservativo onde, pretendemos nos debruçar acerca deste método contraceptivo e que foi aprovado como o método mais eficaz no planeamento familiar e na prevenção de ITSs.

O nosso maior kanimambo ao Ministério da Saúde (de Moçambique) por ter facilitado durante a nossa busca de dados acerca do preservativo, nas esquecendo de agradecer também a Dra. Eunice Jorge Francisco (docente de Tema Transversal na Escola Superior de Contabilidade e Gestão, Universidade Pedagógica de Moçambique).

Esse tema é dedicado a todo o jovem com uma vida sexual activa, bem como a todos os homens e mulheres casados ou mesmo solteiros.

 

 

Preservativo

O preservativo foi primeiramente inventado por chineses como um método de planeamento familiar através de papel de seda, tendo o seu nome recebido diversas designações como condom (em homenagem ao doutor inglês apelidado Condom), camisa-de-vénus (nos textos de Shakespere), camisinha e, em Moçambique, por ser a primeira empresa a embalar os preservativos fabricados nos EUA, ficou popularmente conhecido por Jeito.

Com a descoberta do vírus de HIV (1981), foram estudadas técnicas de prevenção desse vírus e se concluiu que o preservativo é o método mais eficaz, o que fez com que a partir do século XIX fosse considerado um dos mais comuns métodos contraceptivos à escala global.

O preservativo é um contraceptivo de barreira que pode ser usado durante a relação sexual com o intuito de reduzir a probabilidade de ocorrência de uma gravidez ou de contrair ITSs.

É um material geralmente feito de látex ou poliuretano que funciona para impedir a ascensão dos espermatozóides ao útero, prevenindo a gravidez indesejada, o que fez com que seja usado não apenas para planear a família mas também para a prevenção de ITSs.

 

Tipos de preservativos

Preservativo masculino

O preservativo masculino  é em geral, uma capa de borracha (látex) que é colocado sobre o pénis para evitar as ITSs e para a prevenção de gravidez não desejada durante relações sexuais.

A maior parte dos preservativos masculinos tem na extremidade um reservatório que facilita reservar o sémen após a ejaculação e, são normalmente acompanhados de uma camada de lubrificante de modo a tornar mais fácil a penetração.

Este tipo de preservativo é barato e de fácil utilização e pode ainda ser encontrado com diversos tamanhos, aroma, embalagem e aparência.

Com uma utilização correcta deste tipo de preservativo em todas as relações sexuais, a probabilidade de contracção de gravidez entre as mulheres é muito baixa.

Uso correcto do preservativo masculino

A utilização correcta do preservativo masculino torna a relação mais segura evitando o rompimento do mesmo durante os movimentos sexuais. Deste modo, a OMS, o ATS da MISAU e outras entidades ligadas a saúde recomendam seguir-se os seguintes passos para o seu uso:

  1. Verificar-se a data de validade do preservativo;
  2. Verificar-se se a embalagem não foi violada (ao apertar deve sentir-se uma certa resistência do ar no interior);
  3. Abrir a embalagem com muito cuidado usando os dedos, a partir de uma ranhura que existe num dos lados da embalagem (nunca com os dentes, tesoura ou qualquer objecto cortante) para não furar o preservativo;
  4. Colocar o preservativo somente quando o pénis estiver erecto, apertando a ponta do preservativo para não deixar entrar o ar e desenrola-lo até a base do pénis;
  5. Após a ejaculação, retirá-lo com o pénis ainda erecto e, fechando com a mão a abertura para não deixa sair o sémen;
  6. Dar um nó no meio do preservativo e deitá-lo no lixo ou latrina, ou queimá-lo.

 

Preservativo feminino

O preservativo feminino é feito de poliuretano, um material fino e macio, que permite a transferência de calor. Possui dois anéis flexíveis dos quais o interno serve para colocar e manter o preservativo dentro da vagina e o externo serve para impedir o preservativo de entrar totalmente na vagina, além de cobrir parcialmente a área dos lábios vaginais.

Este preservativo deve ser trocado a cada relação portanto, deve ser utilizado um de cada vez.

 

Uso correcto do preservativo feminino

O preservativo feminino pode ser colocado até oito horas antes da relação sexual e, para a sua utilização correcta são recomendados os seguintes passos:

  1. Verificar a data de validade na embalagem do produto;
  2. Abrir o envelope com os dedos, nunca utilizar objectos cortantes, para não danificar o preservativo;
  3. Ao retira-lo do envelope, verificar se o anel interno está no fundo do preservativo;
  4. Segurar o preservativo pelo anel interno (anel bastante flexível) utilizando o dedo indicador entre o polegar e o dedo médio, apertando o anel;
  5. Encontrar uma posição confortável para a colocação (deitada, de cócoras ou em pé com um pé apoiado numa cadeira);
  6. Coloque o anel na entrada da vagina e empurre com a ajuda dos dedos até que todo o anel do preservativo entre no canal vaginal. Em seguida, ainda com a ajuda dos dedos (indicador ou médio) introduzidos no canal da vagina, continue empurrando este anel até o final da vagina;
  7. Uma vez introduzido até o final, este anel se encaixa num local denominado osso púbico (espaço encontrado entre o colo do útero e o canal da vagina da mulher). Com isso não causará incómodo no momento da relação sexual;
  8. Uma parte deste preservativo, principalmente o anel externo, ficará para fora da vagina da mulher, cobrindo toda a sua vulva;
  9. Certifique-se que o pénis está sendo colocado dentro do preservativo durante os movimentos da penetração;
  10. Após a relação sexual é só torcer um pouco o anel externo para que a abertura do preservativo (pôr onde se colocou o pénis) se feche evitando vazamentos e puxe com cuidado. Depois de retirado, embrulhe-o em papel higiénico, jogue-o no lixo e lave as mãos com água e sabão ou cinza.

Os dois tipos de preservativo (masculino e feminino) não devem ser utilizados ao mesmo tempo pois, a fricção do plástico (polieretano) com o látex pode resultar na ruptura dos materiais.

 

Cuidados a ter com os preservativos

Os mais comuns cuidados a ter com o preservativo são os que se seguem:

  1. Escolher uma qualidade reconhecida internacionalmente pelo teste de qualidade disponível nas farmácias e postos de saúde;
  2. Verificar a data de validade do preservativo que, normalmente é de cinco anos após a sua fabricação;
  3. Não sujeitar o preservativo ao sol, colocando-o fora do alcance dos raios solares e de lugares muito quentes e, evitar coloca-lo em carteiras muito apertadas e em bolsos de jeito a não amachucar o pacote do preservativo para evitar que rebente;
  4. Tomar muito cuidado ao agarrar o preservativo para coloca-lo no pénis ou na vagina pois, as unhas ou outros objectos cortantes podem furá-lo;
  5. Colocar o preservativo pela posição certa que facilita a colocação do mesmo de jeito a evitar furá-lo devido ao esforço exercido na colocação se usar a posição errada;
  6. Não usar óleos para bebé, cremes, vaselinas e outros derivados para lubrificar o preservativo para não estragar o preservativo. Pode usar-se a saliva ou Jally da Johnson caso necessitar-se lubrificar o preservativo;
  7. Estudar as instruções de como usar o preservativo para poder ter mais prática na colocação do preservativo e evitar colocá-lo com pressa.

 

Mitos acerca do preservativo e à sua utilidade

Muitos dizem que o preservativo estoura facilmente durante as relações sexuais. Na verdade o preservativo quando for bem colocado e conservado e que também não tenha expirado sua validade não tem como estourar durante a relação sexual a não ser que o preservativo não tenha sido adquirido em locais recomendados. A probabilidade de engravidar com a utilização do preservativo é menor porém, está ligada à má utilização do mesmo. E, se por acaso o preservativo estourar durante a relação o que se recomenda é, após a percepção do estouro, parar-se o acto e usar-se adequadamente outro preservativo de imediato.

Um dos factores que pode fazer com que o preservativo estoure é a pressa. Recomenda-se que a relação sexual deve ser feita quando o homem tiver o pénis já erecto e a mulher estiver excitada e devidamente lubrificada. No caso da mulher tiver pouca lubrificação ou não tiver lubrificação ou, no caso do sexo anal que não possui nenhuma lubrificação natural, recomenda-se a utilização de lubrificadores adequados.

Alguns afirmam que a duplicidade dos preservativos oferece segurança porém, isso não é recomendado pois, a fricção de duas malhas de látex pode causar um rompimento dos preservativos, igualmente à fricção de látex e poliuretano, geralmente sem fazer o usuário perceber o que torna a relação insegura.

Há pessoas com alergia a certo material usado no fabrico do preservativo, geralmente, o látex e optam em não usar mais preservativo, se apoiando na indução de que os preservativos não lhe caem bem. Esta decisão de abandonar o uso do preservativo traz insegurança e, a as instituições de saúde e agentes da medicina recomendam a utilização de preservativos fabricados por materiais diferentes dos que sejam alérgicos como o poliuretano (preservativo feminino) ou preservativos fabricados com base no silicone.

Muitos têm dito que a utilização do preservativo substitui outros métodos contraceptivos. Os técnicos de saúde afirmam que a utilização do preservativo não exclui a utilização dos demais métodos contraceptivos como a pílula anticoncepcional ou adesivo e, aconselha-se a mulheres que já usam os demais métodos contraceptivos a usarem também o preservativo nas relações sexuais pois, os outros métodos contraceptivos apenas protegem a mulher da gravidez enquanto o preservativo é um método não apenas da prevenção de gravidez, como também das ITSs.

 

Distribuição do preservativo

O preservativo masculino é o mais distribuído comparando com o preservativo feminino por este ser o de fácil acesso e de fácil utilização. As entidades de saúde são as responsáveis na distribuição do melhor preservativo ao consumidor final do mesmo.

No caso do nosso país o MISAU é o responsável primordial na sua distribuição a nível nacional, disponibilizando-o em hospitais, postos e centros de saúde, nas farmácias e até nas escolas e postos de trabalhos sob forma de diversos programas de palestras educativas acerca do HIV/SIDA.

 Os preservativos disponíveis a venda nas farmácias e em diversos locais de confiança são recomendados a um preço baixo para facilitar o acesso a todos de modo que as relações sexuais praticadas sejam mais seguras com o intuito de baixar o índice de afectados pelo HIV a zero e também com o intuito de ajudar a muitos casais a planearem melhor a sua família de modo a controlar os nascimentos dentro do país.

O CNCS em parceira com outros programas tem espalhado informação com objectivo de fazer entender a todos adolescentes, jovens e adultos a importância do preservativo nas suas relações e, juntamente com programas e instituições como Geração-BIZ, ÊSH da FDC, PSI-Jeito, AMODEFA, CVM e outras instituições e programas públicos ou privados têm sido elevadas palestras acerca do uso correcto e conservação do preservativo igualmente a respectiva distribuição dos preservativos a nível nacional.