Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

MACHACA

machaca.blogs.sapo.mz

A LÍNGUA PORTUGUESA

16.01.12 | Machaca

Formação Histórica da Língua Portuguesa

 

A Língua Portuguesa está intimamente ligada aos acontecimentos históricos que se sucederam na Península Ibérica.

Pouco se sabe sobre os povos que, antes da chegada dos romanos (séc. III a.C.), teriam habitado na Península Ibérica. De entre esses, faz-se referência aos Iberos, Celtas, Fenícios, Gregos e aos Cartagineses. Os Iberos habitaram a Península Hispânica em tempos muito remotos e, por volta do século VI antes de Cristo, este território fora invadido pelos Celtas e, a sua permanência na península, provocou um cruzamento entre eles e os Celtas, dando origem à denominação de Celtiberos. Tempo depois, os Fenícios, Gregos e Cartagineses criaram colónias comerciais em diferentes pontos da Península, pretendendo apoderarem-se de todo o solo peninsular, o que levou com que os Celtiberos pedissem socorro aos romanos.

 

 

 

Romanização da Península Ibérica

 

Para travar a expansão dos Cartagineses, que constituiam uma série de ameaça ao domínio do mundo mediterrâneo, os romanos invadiram a Península Ibérica no século III antes de Cristo e, vencidos os Cartagineses, os Romanos dominaram toda a península no aspecto político-militar e cultural, no que diz respeito à língua. A civilização Latina foi se impondo através da construção de estradas, abertura de escolas, construção de edifícios comerciais e industriais, pelo emprego e, por conseguinte, a sua língua, o Latim tornou-se indispensável e obrigatória, suplementando os idiomas já existentes mas, os soldados, funcionários e comerciantes romanos não falavam o mesmo latim dos escritores e dos romanos instruídos, falavam apenas Latim Vulgar. O povo peninsular na era cristã encontrava-se totalmente romanizado quando, mais uma vez, a Península Ibérica fora invadida pelo povo Bárbaros Germânicos (Alanos, Suevos, Vândalos, Visigodos), povo guerreiro e de cultura inferior à cultura alcançada ao longo do processo de romanização. Daí que, a pesar de vencedores, os bárbaros acabaram por adoptar a civilização e a língua latinas. Mas isto não impediu a dissolução da unidade política do império, uma vez que os bárbaros baseados no pressuposto de que a instrução fragilizara o espírto bélico dos soldados, decretaram o enceramento de escolas. Se este facto motivou o enfraquecimento da nobreza romana, somar-se-lhe-ia, entretanto um outro decreto que a condenaria no seu desaparecimento: as letras latinas, representadas e cultivadas no silêncio dos mostreiros, viriam a ser proibidas por um cristianismo radical e purificador, por as considerar contaminadas pelo espírito pagão.

 

 

 

 

Transformação do Latim Vulgar em Dialecto


Com a invasão dos Bárbaros-Germânicos, o Latim Vulgar se dialectou tendo substancialmente modificado pala acção do substracto linguístico e perdido progressivamente o terreno e desenvolveu-se de diferentes formas em cada região assim, houve a formação de línguas românicas ou novilatinas como Português, Castelhano (Espanhol), Italiano, Francês e Romeno. Com a invasão dos árabes provenientes do Norte de África, no século VIII à Península, tentaram, os árabes impôr a sua língua como oficial pois, era um povo com uma cultura mais desenvolvida porém, os habitantes peninsulares, sentindo gritantes oposições de raça, da língua e da religião que os separava do povo árabe, não aceitaram a sua civilização e continuaram a falar o “Romance” (latim vulgar contaminado por diversos substractos). Não obstante, algúns acabaram por receber a influência dos árabes formando deste modo uma espécie de comunidades mistas, denominados moçárabes todavia mantendo independência quanto ao culto religioso. Por estas razões se conclui que o povo árabe, não tenha tido ao longo de mais de sete séculos de ocupação peninsular uma forte influência no tocante à língua portuguesa. A maioria dos vocábulos que o Português absorveu do árabe , caracteriza-se pelo prefixo AL, que corresponde ao artigo definido árabe, como documentam os seguintes exemplos: algibeira, álgebra, álcool, alface, alcatifa, algarismo, almofada, alfinete, algema, alqueire, algodão, Albufeira, etc.

 

 

 

 

Fases da Evolução da Língua Portuguesa

 

Antes do século XII, era uma época do latim bárbaro, isto é, era uma fase do Português pré-histórico e, a partir do final do século XII até ao século XVI, passou-se a uma fase do Português Arcaico, fase em que a língua portuguesa evoluiu sem influências estranhas. Houve reconhecimento de modificações na fonética e na morfologia e, esse período, é do Galego-Português (séc. XII-XIV) onde, houve uma separação entre o galego-português e formação do Português comum ou prosa histórica entre o século XIV ao século XVI. A língua portuguesa, tomou uma forma cada vez mais definida e precisa, até diferenciar por completo no século XVI, do galego na fase do Português Clássico do século XIV ao XVIII e, do século XVIII aos nossos dias, aparece, nos sons da língua, pronúncia do dígrafo ch e do s e z finais e, na morfologia e sintaxe há emprego de pronomes lhe, um e quem com os valores actuais, usa-se também, no plural as formas de verbos haver com o sentido de existir. Há emprego dos modos verbais em frases hipotéticas e concessivas e, no léxico enriqueceu-se cada vez mais os vocábulos.

 

 

 

 

O Despertar da Emancipação da Língua Portuguesa

 

O processo da retirada dos árabes da Península Ibérica foi longo e penoso. Nos finais do século XI, sob a bandeira de D. Afonso VI, rei de Leão e Castela, muitos fidalgos ocorreram em auxílio do monarca para libertar o reino da presença do infiel. Entre eles, destaca-se D. Henriques, conde de Borgonha que, pelos cerviços à coroa e à causa cristã, tem recebido em casamento a filha do rei D. Tareja e, por dote, o governo do condado portucalense, um pequeno território que se localiza na costa ocidental da Península Ibérica, entre os rios Douro e Minho. O filho do conde, D. Henriques, continuou a luta contra os mouros, querendo transformar o reino de Leão e Castela num Estado independente. De entre vários combates, ganhou independência em 1139 pela victória alcançada sobre os árabes e também pelo facto de os soldados, antes de iniciar o combate terem a clama do D. Afonso de rei de Portugal mas só em 1143 seria proclamada a independência do condado portucalense e, daqui, nasceria Portugal.

 

 

 

 

Expansão da Língua Portuguesa

 

A Língua Portuguesa é actualmente falada por cerca de 200 milhões de pessoas, em todo o mundo sendo, na Europa falada por Portugal Continental, Açores e Madeira; na África, por Angola, Cabo Verde, Guiné, Moçambique e São Tomé e Príncipe; no continente americano, falada apenas em Brasil e na Ásia é falada em Macau e Timor. E, o número de falantes da Língua Portuguesa tende crescer ainda mais em todo o mundo.

 

 

 

 

Bibliografia

 

BORREGANA, António Afonso: “Gramática Universal da Língua Portuguesa”, Lisboa, Texto Editora, 1996.

 

CARVALHO, Dolores Garcia & NASCIMENTO, Manuel: “Gramática-Segundo Grau e Vestibulares”, São Paulo, Editora Ártica, 1984.

 

COSTA, Alexandre: “Questões Sobre a Língua Portuguesa”, Antlântida Coimbra, 1972

 

S/a: “Gramática Básica da Língua Portuguesa”, 1ª ed, Maputo, Moçambique Editora, 2002, 80pp.

 

SEBASTIÃO, Lica et al: “Português-Textos e Sugestões de Actividade, 11ª Classe”, República de Moçambique, Diname, 1999, p. 213-227.

 

 

 

 

KANT'S METAPHYSICS

16.01.12 | Machaca

Background: The Conflict between two accounts of how knowledge of the world of experience (the domain of natural philosophy or science) is to be understood: These two accounts are Rationalism and Empiricism. Rationalism: the source of knowledge is reason; emphasizes the importance of mathematics in scientific knowledge. [Representatives include Descartes (1596-1650), Spinoza (1632-77), and Leibniz (1646-1716)] Empiricism: the source of knowledge is experience; emphasizes the importance of experiment in scientific knowledge. [Representatives include Locke (1632-1704), Newton (1642-1727), and Hume (1711-76)] Between Descartes and Kant (1724-1804) much progress in scientific knowledge had been made. The new science is exemplified by Newton's unification of mechanics and astronomy, but includes many successors including Boyle (gases), Lavoisier (chemistry), and Franklin (electricity) Hume: The contents of the mind are of two kinds: (1) Ideas derived from (sense) Impressions (experience) (2) Relations of ideas exemplified by mathematics. Only statements concerning relations of ideas can be necessarily true. Hume argued that the idea of Necessary Connection is part of the idea of cause and effect, but experience can never be the source of that idea. Experience only show the constant conjunction of cause and effect Therefore, we cannot have knowledge of cause and effect. Kant's tasks: (1) To unify Rationalism and Empiricism that is, to show how (scientific) knowledge is possible, and how both reason and experience contribute to that knowledge. (2) To refute the skepticism of Hume who claimed that experience (and reason for the matter) is extremely limited in what kind of knowledge it can provide. Kant wanted to show that truths which are necessary like mathematics but apply to experience like sense impression are possible. Scientific knowledge of the world of our experience which is Universal and Necessary is possible. Kant's metaphysics is his a tempt to show how (scientific) knowledge is possible. Some Technical terms used in Kant: A Priori Truths: Truth which is independent of experience, a necessary truth A Posteriori Truths: Truth which is based on experience, contingent Analytic Judgment: A judgment in which the concept of the predicate term is found in the concept of the subject term. (often called true by definition) Synthetic Judgment: A judgment in which the concept of the predicate term in not found in the concept of the subject term. Kant's task is to show how synthetic a priori truths are possible. According to Kant, knowledge is to be understood in terms both of Intuition, that which is immediately before us through perception and Reason which is the way the mind organizes perception so that it becomes the object of experience. The Forms of Intuition: Space (the outer form, spatial relations of geometry) Time (the inner form, linear succession of arithmetic) The Forms of Judgment: Aristotle's logic: necessary preconditions for any possible thought. From the 12 forms of judgment Kant deduces the Categories of experience. The categories are the means by which the human mind organizes percepts of to form objects of experience. In terms of knowledge the most important of the categories are those of Relation: (1) Of Inherence and Subsistence (substance and property) (2) Of causality and Dependence (cause and effect) (3) Of Community (reciprocity between agent and object) The Categories are the necessary preconditions for the kind of knowledge exemplified by Newton's science. They are both synthetic and a priori, and are the contributions of Speculative Reason to knowledge. Kant's synthesis of Rationalism and Empiricism: "Concepts without percepts are empty; percepts without concepts are blind." Speculative reason is the faculty of knowledge; Practical reason is the faculty of choice (the Will) The Laws of Logic are necessary for any kind of thought Kant draws parallels between the domains of Speculative Reason (natural philosophy) and Practical Reason (moral philosophy) Speculative reason The Categories Metaphysics of Nature Metaphysics of Morality Generalizations from experience Appearances Practical reason The Supreme Principle of Morality Natural Philosophy (science) Moral Philosophy (anthropology) Maxims Actions Kant's problem in respect to speculative reason was to show how knowledge was possible. Kant's problem in respect to practical reason was to show how moral judgments are possible. Kant's understanding of scientific knowledge greatly influences his view of morality. For Kant knowledge, both scientific and moral, must be universal and necessary.